Anísia Francisca de Miranda, mãe do soldado da Polícia Militar Walisson Miranda Costa, de 28 anos, assassinado com um tiro na cabeça em Aparecida de Goiânia cobra punição sobre a autoria do crime. O crime aconteceu em 2019 durante um trabalho de investigação da inteligência do Comando de Policiamento Especial (CPE).
“Se fosse com o seu filho, o que você faria? Eu tenho certeza que você estaria pedindo justiça para saber o porquê matou ele e, principalmente por que quem matou meu filho está até hoje está livre e não teve nenhuma punição”, desabafa.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações do caso estão em fase avançada de apuração, diligências foram feitas e outras ainda estão em andamento. Além disso, a corporação afirma que o caso demanda uma investigação detalhada e sigilosa e os delegados só vão se pronunciar em momento oportuno.
A investigação foi iniciada pelo Grupo de Investigação de Homicídios de transferida para a Delegacia Estadual, por ter mais estrutura. Já foi realizada uma reconstituição, coleta de depoimentos, e análise de câmeras de segurança.
Ainda sem respostas, Anísia se consola com fotos e lembranças do filho. A família chegou até a criar um disque-denúncias para reunir informações da noite do crime.
“O quarto dele continua do mesmo jeito que ele deixou. Não mudei nada, não tirei nada, e nem vou tirar também”, conta a mulher.
O crime
Segundo a Polícia Militar, Walisson e outros três policiais faziam patrulhamento no Anel Viário, em um veículo descaracterizado, quando foram surpreendidos pelos criminosos, que estavam em uma caminhonete preta.
Os atiradores fugiram. Câmeras de segurança filmaram o veículo deles em alta velocidade logo após o atentado. A caminhonete foi abandonada às margens da GO-040.
Walisson levou um tiro na cabeça e foi encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) em estado gravíssimo. Ele passou por cirurgia durante a madrugada, mas não resistiu.
O outro policial baleado, sargento Fábio Marques, levou um tiro de raspão no ombro. Ele foi liberado após atendimento médico.
Fonte: G1